Nestas mensagens do Dia Mundial do Doente, é recorrente (e facilmente percebemos porquê) a referência à parábola do Bom Samaritano (recordemos, por exemplo, todo o capítulo II da encíclica Fratelli tutti). Cuidar do doente de forma a que as nossas relações com ele sejam de proximidade, tornando-nos verdadeiramente seus irmãos. Afinal, discípulos de Jesus que se aproximou de nós, aprendemos com Ele a sermos criadores de proximidade: «Na sua vida mortal, Ele passou fazendo o bem e socorrendo todos os que eram prisioneiros do mal. Ainda hoje, como bom samaritano, vem ao encontro de todos os homens, atribulados no corpo ou no espírito, e derrama sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança (do Prefácio Comum VIII).
Como nas Mensagens dos anos anteriores, o Papa recorda a difícil situação que vivemos com a pandemia, «todos aqueles que permaneceram terrivelmente sós durante a pandemia de Covid-19: pacientes que não podiam receber visitas, mas também enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar, todos sobrecarregados de trabalho e confinados em repartições isoladas».
Mas, nesta Mensagem, acrescenta a dramática situação da guerra; e afirma: «associo-me, pesaroso, à condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência: a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto».
Vivamos este XXXII Dia Mundial do Doente procurando cuidar dos doentes, cuidando da nossa pessoal relação com cada um deles.
P. José Manuel Pereira de Almeida
Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde